Tadashi - A Partida De Um Revolucionário

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Andando pelo porto, avistava uma placa de madeira cravada ao chão, onde em sua parte superior indicava o caminho para a área comercial da região. Se quisesse se informar sobre os preços do que tinha a venda por ali, estava claro que era aquele caminho que devia perseguir. Bastava fazer uma curva para a esquerda, indo rumo onde se localizava um tumulto absurdo de cidadãos conferindo o que tinha de novo nas várias barracas.

Por ali, se encontrava em excesso os mais diversos tipos de peixe e itens para pesca, uma área de sucesso em Loguetown. Era apenas ao final do "corredor" de barracas onde se encontrava um armazém gigantesco, com alguns navios desenhados em sua parede. O armazém onde se era construído as embarcações da região, sem dúvidas.

O responsável pela área era o mercador John. Um homem alto e com uma musculatura atlética, acompanhado de alguns seguranças que vagavam pelo armazém evitando o roubo daquelas preciosas embarcações. Um cara simpático, no qual Tadashi poderia tirar suas dúvidas. Ou ele seria atraído pelos utensílios de pesca?

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O homem ficava imóvel, pensando no que dizer sem parecer rude. A quantidade era extremamente baixa, e qualquer um interessado em comprar embarcações para navegação chegavam ao local com uma quantidade de dinheiro mais elevada, inclusive os pescadores que compravam suas canoas e botes para pesca próximo da costa.

- Se você quiser ir ao mar com tão pouco dinheiro assim, vai morrer de fome. Nosso barco mais barato é uma canoa, mas seu preço é quase o dobro disto, vinte mil berries. Em seguida vem nossa canoa, que já é capaz de aguentar dois tripulantes, por apenas sessenta mil. Para quem deseja navegar continuamente, o recomendado é a embarcação a vela, mas seu valor é de cento e cinquenta mil berries. Deseja comprar a embarcação para que?

Considerações:

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Ao momento que Tadashi se virava de costas, o homem pousava sua mão fria em seu ombro, ao lado direito, para que ele parasse. Sentia que aquele jovem rapaz tinha um grande potencial, e com isto, tinha um trabalho que só alguém com capacidade poderia realizar. Era algo que vinha perturbando o homem a tempos, mas ele de nada podia fazer a respeito.

- Posso lhe oferecer um bote, sem que você gaste nada. Mas tudo que é bom tem um preço, não é mesmo? O meu preço é uma pequena missão que você deve realizar. Está armado, então acha que consegue dar conta de um único pirata para mim? Mas ele não é fraco.

O homem então gritava para um dos seguranças, exigindo um cartaz do procurado. Pela forma que dissera o nome, o pirata já era reconhecido por todo aquele armazém, talvez por algum roubo ou alguma outra coisa que envolvesse o comércio de barcos. Assim que o segurança voltava, entregava para Tadashi o cartaz.

- Cace-o. Traga para cá, vivo ou morto. Sua recompensa é um pouco mais barata do que um bote, mas contribuirei com dez mil berries e lhe entregarei o navio. Acha justo? Ele sempre está num bar próximo, no primeiro beco que você encontrar. Mas fique esperto, talvez haja companhia.

Foto do Cartaz:

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Sua expressão de felicidade era incrível, como se ter este pirata morto era um sonho de criança que só agora fosse ser realizado. Achava a bravura do jovem impressionante, e se sentia orgulhoso ao mesmo tempo, vendo que o bem sempre está de mãos abertas para ajudar aqueles que necessitam. Quando Tadashi mencionou no mapa, ria e dizia:

- Veremos a qualidade de seu trabalho, rapaz! Mas isto é algo que você pode pagar, então vamos esperar o final de tudo. - indo fazer algum serviço, ao mesmo tempo que Tadashi deixava o armazém.

Em instantes, o revolucionário se encontrava num beco. Do bar, intensas luzes saíam, o que fazia ele duvidar da finalidade daquele local. Caso passasse pela porta, poderia observar algo que mais se parecia com uma balada do que com um bar. O show de luzes alternava-se frequentemente entre branco, vermelho, azul e preto - ou seja, escuro - e o espaço no meio era amplo, sendo que as cadeiras e mesas ficavam todas ao canto, mas sendo poucas. O local se encontrava vazio, apenas três pessoas numa mesa, e duas em outra. Um casal conversava ao meio de tudo aquilo, com copos na mão. O homem que Tadashi deveria apanhar estava na mesa com outras duas pessoas.

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Devido ao som alto, Tadashi não conseguia ouvir a conversa daquele trio de prováveis piratas. Talvez debatiam sobre bebida, ou sobre o próximo alvo, era incerto chutar algo sem ter nenhum conhecimento antes. Acima de tudo, não eram do tipo que exalava maldade: conversavam normalmente, com as armas reunidas tudo em um único canto, como se quisesse algum momento de diversão.

Nada de novo surgia durante o período em que o revolucionário permanecia no bar. Seria arriscado desafiá-los já mostrando a lâmina, mas as opções eram poucas, e teriam que ser bem pensadas. O espaço era o suficiente para uma batalha a curta distância, mas com três oponentes, se tornaria difícil a locomoção. Diante tudo aquilo, o que faria?

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Talvez ele pudesse ser mais inteligente. Numa ação que no mínimo era estúpida, levantou-se e dirigiu aquela mesa de piratas, lançando então uma pergunta no qual a resposta seria óbvia. A katana presa na bainha tinha sido notada, o que levantava suspeitas para os membros da mesa. Um até já pousava sua mão no punhal de sua arma, pronto para qualquer coisa que viesse acontecer. O capitão apenas o acalmava, e dizia para Tadashi:

- Somos sim, como soube disto? É mais algum novato em busca de uma tripulação?

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O capitão daquela pequena tripulação puxava sua longa espada daquela aglomeração de armas, e então se mantinha de pé ao banco. Fitava seus companheiros, como se quisesse dizer que estava tudo bem, e não era para eles interferirem. Voltava seu olhar para Tadashi, dizendo:

- Um caçador novato, quem sabe. Eu sou um capitão, você não me desafiaria a toa, não é mesmo? Acho injusto a maneira que sou taxado de pirata apenas por querer ser livre, mas vou manter minha honra numa batalha contra você. Não é mesmo, Masamune? - encarando sua espada que dava duas da katana de Tadashi, pelo seu grande tamanho.

Com passos longos, passava ao lado de Tadashi como se aquilo fosse alguma provocação, e ia para o outro lado daquele espaço amplo que o bar tinha em seu centro. Esticava então sua lâmina para frente, e gesticulava com a cabeça um sinal de sim, querendo que o combate se iniciasse.

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O campo de batalha se mantinha em silêncio, já que nenhum dos dois lados se movimentava. Um esperava a primeira ação do outro, e no final, ninguém atacava, como se executar o primeiro movimento fosse algo ruim. O pirata acabou cedendo, mas acabou decidindo atacar com muita cautela, porque ainda não reconhecia as habilidades com espada de seu oponente. Queria apenas avaliar, para depois lutar. Um aquecimento, talvez?

Fez com que seus pés tomassem distância, e investiu numa velocidade de cinco metros por segundo naquela curta distância de quatro metros. Seu ataque consistia apenas numa estocada básica na direção da barriga, um lugar que mesmo acertando, não seria fatal, e o pirata sabia disto muito bem. Ao final de tudo, retornaria seus quatro metros, ficando logo na frente de uma mesa.

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Manipulando aquela arma apenas com uma única mão, o pirata golpeava a katana de seu oponente fazendo um grande estrondo que ecoava no local, daquelas duas lâminas metálicas se chocando. O impacto era grande, mas a postura de nenhum dos dois era afetada, com o pirata voltando para a sua posição inicial, assim como era seu desejo anteriormente. Colocava a ponta de sua espada ao chão, se apoiando então com os dois braços no punhal, observando Tadashi.

- Para um novato, você luta bem. Mas não é com pura habilidade que vai me vencer, lembre-se disto.

Chutando a parte inferior de sua espada, fazia com que ela rodopiasse ao ar e caísse corretamente sobre a palma de sua mão direita, que logo cobria o punhal de Masamune. Então, correu novamente, só que sua postura estava mais firme, estava mais determinado. A sua intenção era executar um corte na altura do pescoço enquanto dava um giro de cento e oitenta graus, acertando então uma cotovelada com o braço oposto na barriga do revolucionário, no objetivo de jogá-lo para trás.

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A astúcia de Tadashi não bastava naquele momento do golpe, e pela primeira vez, era atingido violentamente. A cotovelada no estômago com certeza incomodaria, sem contar que ele era arremessado para trás, caindo em cima de uma das mesas vazias. Não foi ágil o suficiente para se defender do corte e logo em seguida movimentar sua arma para prevenir o golpe posterior. O pirata deixava escapar um sorriso, estava se divertindo com aquilo, mesmo que fosse custar a vida de alguém.

- Não está na cara? Porque eu sou mais habilidoso que você. Se quiser desistir, ai está sua chance.

Com pequenos saltos em diagonal para trás, o pirata recuava três metros. Sua lâmina estendida para frente aguardava pacientemente o próximo golpe de Tadashi, se fosse corajoso o suficiente para seguir em frente. Uma medíocre recompensa compensaria o risco de perder sua vida? Ou aquilo já se tornava uma batalha pela honra?

OFF: Desconte 20HP pelo golpe.

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O corte vertical pegava de raspão num trecho entre o ombro direito e o peito, causando um pequeno ferimento. Já na estocada, o pirata recuava uma distância suficiente para que a katana passasse em vão, mas não acontecia ao contrário para Tadashi. Pelo fato de Masamune ser uma espada muito grande e a maestria do pirata com ela extremamente boa, conseguiu abusar da distância e desferir um corte horizontal que pegava ao peito de Tadashi, mas nada tão profundo que viesse a prejudicá-lo futuramente, mas a área requeria uma mínima atenção.

- Ficarei apenas na defensiva. Boa sorte.

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Tadashi quase se precipitou pela distância que começou seus movimentos para confundir o pirata, uma vez que Masamune conseguiria alcança-lo numa incrível facilidade. Por sua sorte, a única preocupação dele era defender a investida e evitar ferimentos que ocasionassem uma morte. E assim feito, uma vez que cessou o corte chocando lâmina com lâmina, mas sua grande espada não permitiu que fosse tão rápido para tentar algo contra o chute, sendo acertado e recuando para trás, com pequenos passos.

Ainda com o revolucionário a sua frente, tentou dar três rápidas estocadas em lugares aleatórios, porém voltados a parte central do corpo. Tentava apenas fazer pressão para que ganhasse um pouco mais de espaço, não se sentia tão confortável de tão perto.

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